quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Anásise Cinesiológica de um chute no futsal


O Futsal é um esporte coletivo de jogo em uma quadra por times de apenas 5 jogadores. As equipes, tal como no futebol, têm como objetivo colocar a bola na meta adversária, definida por dois postes verticais limitados pela altura por uma trave horizontal. Quando tal objetivo é alcançado, diz-se que um gol foi marcado, e um ponto é adicionado à equipe que o atingiu. O goleiro, último jogador responsável por evitar o gol, é o único autorizado a segurar a bola com as mãos. A partida é ganha pela equipe que marcar o maior número de gols em 40 minutos divididos em dois tempos.
Atualmente o Futsal é um dos esportes mais populares e mais jogados pela população brasileira necessitando assim um estudo científico aprofundado de todas as vertentes envolvidas neste esporte a fim da melhora no desenvolvimento e consequentemente no resultado positivo da partida.
Um dos estudos a fim de melhorar a performance no futsal é a análise cinesiológica do chute, com o objetivo de melhorar este fundamento para que possa ser executado da forma mais satisfatória possível.
A cinesiologia é a ciência que estuda e compreende as forças que atuam sobre um objeto ou sobre o corpo humano e manipular estas forças em procedimentos de tratamento tais que o desempenho humano possa ser melhorado e que uma lesão adicional possa ser prevenida.


Ao analisar o chute no futsal podemos observar a atuação de diferentes partes fisiológicas do corpo como músculos, articulações, ossos e ligamentos. Fazendo uma observação simples e sem qualquer análise científica, imagina-se que se trata de uma ação simples, entretanto esta ação é objeto de estudo de vários pesquisadores e cientistas do esporte, para que este fundamento possa executado com um desempenho melhor melhorando assim sua atuação no esporte.

    Fazendo uma análise cinesiológica no momento da execução de um chute futsal, sendo o plano observado o sagital e o eixo frontal, ocorre na articulação do joelho uma extensão brusca e rápida do joelho realizada pelo músculo quadríceps composto pelos músculos reto femoral, vasto medial, vasto lateral e vasto intermédio, seguido de uma flexão de quadril (realizado pelos músculos reto femoral, iliopsoas e tensor da fáscia lata) seguindo de contração dos músculos abdominais.

O membro apoiado está com o quadril (músculo glúteo máximo e isquiotibiais) e o joelho (músculo quadríceps) em extensão. A articulação do joelho é a de maior contribuição na velocidade final do chute, quando esta realiza a extensão plena.
Na articulação do quadril do membro anterior é realizada uma semiflexão do quadril pelos músculos reto femoral, tensor da fáscia lata, pectíneo e sartório, adutor curto, adutor longo e porção adutora do músculo adutor magno.
O joelho do membro anterior está encaminhando para extensão. O músculo agonista deste movimento é o quadríceps femoral.
No membro posicionado posteriormente o joelho está em semiflexão, os músculos trabalhados são os isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo, e bíceps femoral), grácil e poplíteo.
Os antagonistas responsáveis por sustentar o movimento estudado são os isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral) e glúteo máximo.
Na articulação do tornozelo, o tornozelo do membro anterior realiza a fase de apoio do ciclo da marcha. Está em posição neutra (toque de calcanhar), tendendo a dorsiflexão (aplanamento do pé), movimentos realizado pelos músculos gastrocnêmios, sóleo, fibular longo, fibular curto, plantar, tibial posterior, flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos).
Na fase de execução, o centro de gravidade do jogador é alterado para a manutenção do equilíbrio.
A abordagem cinesiológica do quadril no membro dominante nesta fase foi descrita como flexão do quadril (retorno da extensão), adução (movimento realizado pelos músculos adutor magno, adutor curto, adutor longo e pectíneo) e rotação interna (realizada pelos músculos glúteo médio, glúteo mínimo, tensor da fáscia lata). O membro apoiado está em semiflexão, em cadeia cinética fechada.
O joelho do membro dominante sofre uma extensão, ainda que incompleta. O membro apoiado continua em semiflexão.
A articulação do tornozelo no membro dominante se mantém em flexão plantar até que o pé toque a bola. O membro de apoio mantém a sua posição neutra.
Por inércia, um corpo em movimento tende a permanecer em movimento, até que uma outra força o faça voltar ao seu estado de repouso. O sistema neuromuscular consegue tirar vantagem de movimentos passivos.
Observando o movimento da análise, ligamentos, tendões, músculos, cápsula articular e ossos tem a função de limitar a execução do movimento protegendo a articulação de não realizar um movimento fora de suas características. Sendo assim, quando se executa o chute no futsal o corpo realiza uma flexão de quadril, essa flexão acontece na própria articulação do quadril, os responsáveis por limitar o movimento do quadril para que o mesmo não execute um movimento além de suas características são: cápsula articular posterior, ligamento isquiofemoral, ligamento da cabeça do fêmur. Para que esse mesmo joelho não realize movimento fora de suas características, os limitadores irão trabalhar para proteger essa articulação. O limitador da articulação do joelho é o ligamento cruzado anterior. O tornozelo é limitado pela cápsula articular, ligamento tibiofibular anterior e posterior. (SCHMIDT, 2013)
    Abordando a parte anatômica das articulações mencionadas no movimento estudado, descreve-se as mesmas da seguinte forma. Quadril sinovial, tipo esferoidal e triaxial, joelho sinovial, uniaxial, tipo dobradiça e tornozelo, sinovial, uniaxial e dobradiça. (SCHMIDT, 2013).



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