Ensino Médio

HISTÓRIA DO VOLEIBOL



William George Morgan (1870-1942), que nasceu no Estado de Nova York, entrou para a história como o inventor do jogo de voleibol, para a qual ele deu originalmente o nome de "Mintonette".
Morgan realizou seus estudos de graduação da Faculdade de Springfield da ACM (Associação Cristã de Moços), onde conheceu James Naismith, que, em 1891, inventou o basquetebol. Após graduar-se, Morgan passou seu primeiro ano na ACM de Auburn (Maine) após o qual, durante o verão de 1895, mudou-se para a ACM de Holyoke (Massachusetts), onde se tornou diretor de Educação Física. Nessa função ele teve a oportunidade de estabelecer, desenvolver e dirigir um vasto programa de exercícios e aulas de esporte para adultos do sexo masculino.
Sua liderança foi não muito bem aceita e suas classes cresceram em números pequenos. Ele veio a perceber que precisava de um certo tipo de jogo recreativo competitivo a fim de variar o seu programa. O basquetebol, um desporto que começava a se desenvolver, parecia que se adequava aos jovens mas era necessário encontrar uma alternativa menos violenta e menos intensa para os membros mais velhos.
Naquela época, desconhecida por quem não leu o texto, Morgan não sabia de nenhum jogo semelhante ao voleibol que poderia guiá-lo; ele o desenvolveu a partir de seus próprios métodos de treinamento esportivo e sua experiência prática no ginásio da ACM. Descrevendo suas primeiras experiências ele disse:

"Em busca de um jogo apropriado, o tênis me ocorreu, mas para isso são necessários raquetes , bolas, equipamentos de rede e outros e por isso foi eliminado, mas a idéia de uma rede parecia uma boa. Nós a elevamos a uma altura de cerca de 6 metros, 6 polegadas (1,98 metros) a partir do solo, logo acima da cabeça de um homem médio. Precisávamos de uma bola e entre aquelas que tentamos foi uma câmara de basquete, mas isso era muito leve e muito lenta. Por isso, tentei a de basquete em si, que era muito grande e muito pesada."

No final, Morgan solicitou à firma MG Spalding & Bros para fazer uma bola, o que fizeram em sua fábrica perto de Chicopee, no estado de Massachusetts. O resultado foi satisfatório: a bola foi revestida em couro com um tubo de borracha interior; a sua circunferência não foi inferior a 25 nem superior a 27 polegadas (63,5 cm e 68,6 centímetros, respectivamente), e seu peso não inferior a 252 e não mais de 336 gramas.
Morgan pediu a dois de seus amigos de Holyoke, Dr. Frank Wood e John Lynch, a elaborar (com base em suas sugestões) os conceitos básicos do jogo, juntamente com as primeiras 10 regras.
No início de 1896 uma conferência foi organizada na faculdade da ACM em Springfield, reunindo todos os Conselheiros de Educação Física da ACM. Dr. Luther Halsey Gulick, diretor da escola de formação profissional de Educação Física (e também diretor-executivo do Departamento de Educação Física do Comitê Internacional da ACM) convidou Morgan para fazer uma demonstração de seu jogo no estádio novo da faculdade. Morgan formou duas equipes, cada uma composta por cinco homens (e alguns fãs leais) para Springfield, onde a manifestação foi feita diante dos delegados da conferência no ginásio do leste. O capitão de uma das equipes foi JJ Curran e da outra John Lynch, que foram, respectivamente, prefeito e chefe do Corpo de Bombeiros de Holyoke.
Morgan explicou que o novo jogo foi desenhado para ginásios ou salas de exercícios mas que também pode ser jogado a céu aberto. Um número ilimitado de jogadores podem participar e o objetivo do jogo é manter a bola em movimento sobre uma rede alta, de um lado para o outro.
Depois de ver a demonstração e ouvir as explicações de Morgan, o professor Alfred T. Halstead chamou a atenção para a ação, ou a fase de agir, de vôo da bola, e propôs que o nome "Mintonette" seja substituída por "Volley Ball". Este nome foi aceito por Morgan e pela conferência.
Morgan explicou as regras e trabalhou nelas e então deu uma cópia manuscrita para a conferência de diretores de Educação Física da ACM, como um guia para o uso e desenvolvimento do jogo. Uma comissão foi nomeada para estudar as regras e produzir sugestões para a promoção do jogo e do ensino.
Um breve relato sobre o novo jogo e suas regras foi publicado na edição de julho de 1896 da publicação "Educação Física" e as regras foram incluídas na edição 1897 do guia oficial da primeira Liga Atlética Norte-Americana da ACM.



 REGRAS DA PETECA E SEUS FUNDAMENTOS BÁSICOS


FUNDAMENTOS BÁSICOS

Para que seja possível começar o jogo, é importante observar que a peteca deve ser tocada e passada para o outro lado da quadra em um único toque e devolvida pelo adversário da mesma forma, até que uma das duplas cometa um erro. Existem 02 (dois) momentos distintos durante o jogo: ataque e defesa. Para que aconteça o ataque, a equipe precisa estar de posse do saque e consequentemente, a outra que não está com a posse, passará a fazer a defesa, tal momento conta com um tempo máximo de 24 (vinte e quatro) segundos de jogo, se o erro for da defesa, a equipe atacante marcará ponto ou, em caso contrário, a defesa só ganhará a posse do saque (tomada).

Durante as ações de ataque e defesa são executados movimentos e toques na peteca, que são: saque (por baixo e por cima), toque por baixo, toque por cima, toque em suspensão, defesa, pingada e/ou largada, batida e/ou cortada, deslocamentos (lateral, longitudinal e combinados).

O saque é o primeiro gesto utilizado para deslocar a peteca em um jogo no início de cada set e de extrema importância, pois de sua posse vem a possibilidade de marcação do ponto. A peteca poderá ser sacada por qualquer um dos jogadores em quadra pelo fundo da mesma, sem avançar ou invadir as linhas de elimitação, sem necessidade de rodízio, deverá ultrapassar a rede pela borda superior, podendo tocá-la.

O toque é feito com apenas uma das mãos e deve ser batida ou tocada, não valendo, portanto, a chamada “carregada e/ou conduzida”. Não é permitido o contato com as duas mãos juntas e/ou sua intenção de fazê-lo. Existem dois tipos de toque: Toque por cima (batida, pingada, ou passada); Toque por baixo (colocada, defesa, passada). Em ambas as situações, a peteca deverá passar a rede, em um único toque, para a quadra adversária. O posicionamento das pernas dependerá de cada atleta (destro ou canhoto) com referência ao braço que baterá na peteca, sempre com uma na frente da outra, observando apoio e deslocamento do corpo. Quando do toque por baixo, o movimento do atleta assemelha-se ao ato de pegar alguma coisa no chão, inclinando o corpo para frente. Quando do toque por cima, o movimento é executado com os braços acima da linha dos ombros e assemelha-se à cortada no voleibol, com a possibilidade de saltos (suspensão) ou não.

O deslocamento é um dos mais importantes fundamentos no jogo de peteca. Neste aspecto devemos observar o posicionamento e entendimento dentro de sua área de atuação na quadra, levando-se em conta as características de habilidade e destreza do jogador e a capacidade de decisão nas jogadas de ataque e defesa. Ao serem ensinados os movimentos básicos de deslocamento, o técnico deverá ficar atento aos exercícios com mudança do pé de apoio e/ou base, durante as ações, promovendo aprimoramento motor para possibilidades de utilização de gestos ambidestros, aspecto que qualifica o praticante, pois aumenta seu domínio de movimentação em relação ao braço que irá definir tais situações no decorrer das partidas. Exemplo: Para o atleta destro, exercícios com dinâmica para canhotos e vice-versa. Combinações em movimento de arremessos, saques e recepção com apenas uma das mãos, utilizando-se bolas de tênis (lado esquerdo e em seguida, direito). Observa-se que a peteca tem um peso que varia de 40 g a 50g, diâmetro de base de 5 cm, tem uma trajetória muito dinâmica e rápida, exigindo do seu praticante uma percepção aguçada da movimentação do implemento, logo na utilização das bolas de tênis para aproximar a batida e noção de contato com a palma da mão para semelhança com movimentos de jogo.

A seguir uma breve e rápida noção das regras básicas:

Regras Oficiais

Regra 1.0 - Da quadra, suas dimensões e equipamentos
1.1 – A quadra tem a dimensão de 15 metros por 7,50 metros para o jogo de duplas e de 15 metros por 5 metros para o jogo individual.
1.2 – O piso da quadra, quando for de cimento, deve ter sua superfície uniforme e, de preferência, ligeiramente áspera, a fim de facilitar a movimentação segura dos atletas.
1.3 – A quadra deve ser delimitada por linhas com 5 cm de largura.
1.3.1 – As linhas demarcatórias fazem parte integrante da quadra.
1.4 – Linha central é aquela que divide a quadra ao meio e deve ter 5 cm de largura.
1.5 – A área de jogo da quadra deve ter, preferencialmente, a cor verde, e as linhas demarcatórias, a cor branca, podendo ser aceitas outras cores, desde que não prejudiquem a realização do jogo.
1.6 – Em toda e qualquer competição oficial, devem ser colocadas fitas sinalizadoras de limite da quadra nas linhas de fundo e também nas linhas laterais.
1.6.1 – Quando estiverem instaladas, as fitas sinalizadoras assumem os limites da quadra.

Regra 2.0 - Da rede, suas dimensões, acessórios, cores, posição e postes

2.1 – A rede tem a dimensão de 7,80 metros de comprimento por 60 cm de largura e os quadrados da malha devem medir aproximadamente 4 cm por 4 cm, devendo ser tecida com nylon ou material similar, com debrum de 5 cm de largura como acabamento na parte superior.
2.2 – A rede deve ter, preferencialmente, a cor amarela, podendo ser aceitas outras cores, desde que não prejudiquem a realização do jogo.
2.3 – A rede deve ser instalada numa altura uniforme de 2,43 metros para jogos da categoria Masculino e 2,24 metros para o Feminino.
2.3.1 – Para jogos da faixa etária masculina até 12 anos, a rede deve ser instalada na altura uniforme de 2,24 metros.
2.4 – É permitida uma variação máxima de dois centímetros na altura da rede, entre seu ponto central e os pontos laterais, que coincidem com a projeção vertical nas linhas laterais.
2.5 – Os postes destinados à sustentação da rede devem estar fixados a, no mínimo, 50 cm de distância das linhas laterais.
2.6 – Por medida de segurança, é obrigatória a instalação de proteção nos postes laterais de sustentação da rede durante a realização de partidas de competições oficiais.

Regra 3.0 - Da peteca, suas dimensões, peso e material                                      

3.1 – O diâmetro da base da peteca deve ter entre 5 cm a 5,2 cm e sua altura total deve ser de 20 cm, incluindo as penas.
3.2 – O peso da peteca deve ser de 40 a 42 gramas, aproximadamente.
3.3 – As penas devem ser brancas, em número de quatro, montadas paralelamente duas a duas, de modo que o quadrado formado caiba num círculo ideal com diâmetro de aproximadamente 5 cm.
3.4 – As penas podem ter outra coloração nas situações em que a cor branca prejudicar a visibilidade dos jogadores ou de meios de gravação em vídeo.
3.5 – A base deve ser construída com discos de borracha, montados em camadas sobrepostas.

Regra 6.0 - Da vantagem na tomada do saque

6.1 – Fica instituída a vantagem na tomada do saque em cada set, sendo que a equipe que sacou tem o tempo oficializado em vinte quatro segundos para a conquista do ponto em disputa.
6.2 – Nos dois primeiros sets, durante o tempo oficial da vantagem, a equipe que sacou não perde ponto pelo erro, somente transferindo o saque para a equipe adversária, que passa a ter a vantagem.
6.3 – No terceiro set, quando houver, durante o tempo oficial da vantagem, a equipe que sacou perde ponto pelo erro ou pelo término desse tempo, e transfere o saque para a equipe adversária, que passa a ter a vantagem.
6.3.1 – A equipe vencedora do ponto continua sacando até que essa situação mude ou que o jogo termine.
6.3.2 – A contagem do tempo oficial da vantagem será sempre reiniciada depois de cada ponto conquistado ou do término desse tempo, situação em que o direito do saque passa para a equipe adversária.

Regra 7.0 - Do jogo, dos sets, pontuação, tempo, desempate e troca de lado

7.1 – O atleta deve conhecer as regras do desporto da peteca e cumpri-las com rigor.
7.2 – A partida é definida em melhor de três sets, consagrando-se vencedora a equipe que ganhar dois sets.
7.3 – Os dois primeiros sets se resolvem no tempo oficializado em dezesseis minutos cronometrados de peteca em jogo, ou em doze pontos, prevalecendo a condição que primeiro ocorrer, sendo necessário apenas um ponto de diferença para a definição de qualquer um dos dois primeiros sets.
7.4 – É considerada vencedora do set a equipe que:

7.4.1 – Nos dois primeiros sets, completar doze pontos antes do término do tempo oficial do set.
7.4.2 – Nos dois primeiros sets, tiver pelo menos um ponto de vantagem quando terminar o tempo oficial do set.
7.5 – Se, nos dois primeiros sets, o tempo oficial do set se esgotar e uma das equipes estiver em vantagem no placar, o árbitro encerra o set, ainda que não tenha se esgotado o tempo oficial da vantagem, valendo os pontos até então registrados.
7.6 – Se, em qualquer um dos dois primeiros sets, o tempo oficial do set se esgotar e o placar estiver empatado, ainda que não tenha se esgotado o tempo oficial da vantagem de uma das equipes, o set é encerrado pelo árbitro por decurso de seu tempo oficial.
7.6.1 – Para definição do vencedor do set, as equipes permanecem na quadra na mesma posição em que estão jogando, devendo ser iniciada nova disputa do ponto definidor em tempos oficiais da vantagem consecutivos e alternados.
7.6.2 – Para definir quem começa sacando, o árbitro faz imediatamente um sorteio.
7.6.3 – É considerada vencedora do set, nos dois primeiros sets, a equipe que fizer o primeiro ponto, respeitando-se o rodízio a cada tempo oficial da vantagem.
7.6.4 – Se, nessa hipótese, o jogo ficar empatado em sets, um novo sorteio é feito para definir a escolha da vantagem ou da quadra para disputa do terceiro set.
7.7 – O terceiro set ou tie-break, quando houver, será disputado no sistema de ponto corrido, observando o tempo oficial da vantagem sem cômputo do tempo oficial do set, sagrando-se vencedora a equipe que primeiro fizer 12 pontos, sendo necessários dois pontos de diferença para essa definição.
7.7.1 – A equipe detentora da vantagem tem o tempo oficial da vantagem para a concretização do ponto e, caso não o faça, será contado ponto para a equipe adversária, que então passa a ter a vantagem.
7.7.2 – Se o placar chegar a 12x11, o set terminará obrigatoriamente numa das seguintes possibilidades: 13x11, 14x12; 15x13, 16x14, 17x15 ou 17x16.
7.8 – Em caso de força maior ou de necessidade justificada, a critério da CBP ou das entidades regionais de administração do desporto, o número de pontos, o tempo oficial do saque, o tempo oficial do set e o número de sets podem ser modificados antes do início das competições ou no decorrer de suas fases, não implicando, dessa forma, desrespeito ao regulamento.
7.9 – A escolha da quadra deve obedecer à seguinte ordem:
7.9.1 – No primeiro set os capitães tiram a sorte para opção de escolha da quadra ou do saque, sendo que quem escolhe uma alternativa cede a outra.
7.9.2 – No segundo set não deve haver troca de posições e as equipes permanecem na quadra como terminaram o primeiro set, mas o saque passa à equipe que não iniciou sacando.

7.9.3 – No terceiro set, quando houver, o árbitro principal procede a novo sorteio para escolha da quadra ou do saque.
7.10 – Nos dois primeiros sets, as equipes trocam automaticamente de lado na quadra assim que uma delas atingir a contagem de seis pontos ou na metade do tempo oficial do set.
7.10.1 – No terceiro set, quando houver, as equipes trocam de lado na quadra assim que uma delas atingir seis pontos.
7.10.2 – Se, na disputa de um set, o tempo oficial do set chegar à metade e a peteca estiver em jogo, o árbitro aguarda a definição do lance ou o término do tempo oficial da vantagem para determinar a mudança de lado da quadra, e o set se resolve no tempo que faltar para completar o tempo oficial do set, quando for o caso.
7.10.3 – Na troca de lado da quadra pelas equipes é obrigatório um tempo técnico de um minuto.
7.11 – Os pontos são assinalados pelo árbitro principal ou seu auxiliar.
7.12 – O ponto em disputa somente se define por decurso do tempo oficial da vantagem ou quando a peteca tiver caído no chão, independendo se ela vier a cair fora dos limites da quadra ou na própria quadra de quem a tocou.
7.12.1 – Comete falta o atleta que, nessa circunstância, tocá-la antes dessa definição.
7.12.2 – Se a peteca tocada passar por baixo da rede e, de forma inequívoca, não restar dúvida sobre a definição do ponto, o árbitro deve encerrar a disputa do ponto assim que ela cruzar o plano ideal projetado pela rede.
7.13 – O árbitro principal anunciará o placar após a definição de cada ponto, preservando-se, dessa maneira, a ordem e a segurança na contagem dos pontos, ficando proibidas quaisquer anotações de pontos na súmula sem seu pleno conhecimento.
7.13.1 – A responsabilidade pelo anúncio de cada ponto do placar pode ser transferida pelo árbitro principal a seu auxiliar, ficando dispensada quando houver placar para o público.
7.14 – Cada equipe pode pedir, em cada set, no máximo dois tempos de um minuto cada um.
7.15 – No pedido de tempo por uma equipe, o árbitro principal concede uma interrupção na partida, com a duração máxima de um minuto, desde que a peteca esteja fora de jogo.
7.16 – Durante a partida, se a equipe for composta por um trio, é permitido o rodízio ilimitado entre os seus três atletas, desde que a peteca esteja fora de jogo.
7.16.1 – O rodízio dos atletas independe de autorização do árbitro.
7.17 – Durante a partida, quando for o caso, o terceiro atleta e o treinador devem permanecer sentados no banco de reserva, ou de pé na área previamente determinada pelo árbitro principal, e não podem dar instruções aos atletas de sua equipe, salvo quando houver pedido de tempo.
7.18 – É de três minutos o tempo de intervalo entre os sets de uma partida.

7.19 – As equipes têm direito a, no máximo, cinco minutos para aquecimento na quadra antes do início da partida.

Regra 9.0 - Do saque, infrações, repetição, pontos para o adversário, disposições gerais

9.1 – O saque é a colocação da peteca em jogo, imediatamente após a autorização do árbitro para início da partida ou da disputa de um ponto.
9.1.1 – No saque, a peteca deve ser batida com uma das mãos e arremessada por cima da rede para o campo do adversário.
9.2 – Para o saque, o atleta deve se colocar fora da quadra, atrás da linha de fundo e dentro da projeção das linhas laterais, podendo escolher a posição que lhe convier dentro desses limites.
9.3 – Se, no ato de sacar, a peteca cair da mão do atleta sem ter sido tocada, o saque deve ser repetido.
9.4 – O saque pode ser dado, indiferentemente, por qualquer um dos atletas participantes do jogo.
9.5 – O saque pertence sempre à equipe que:
9.5.1 – Vencer o ponto em disputa.
9.5.2 – Recuperar a vantagem quando a equipe detentora do saque não concretizar o ponto em disputa no tempo oficial da vantagem.
9.5.3 – Tiver a reversão da vantagem determinada pelo árbitro em razão de falta ou infração disciplinar da equipe adversária.

Regra 10.0 - Das infrações do saque

10.1 – O saque é revertido à equipe adversária:
10.1.1 – Quando a peteca não chegar ao campo do adversário.
10.1.2 – Quando a peteca passar por baixo da rede.
10.1.3 – Quando a peteca passar por cima da rede, mas fora da projeção vertical das linhas demarcatórias laterais.
10.1.4 – Quando a peteca cair fora dos limites da quadra.
10.1.5 – Quando a peteca for carregada ou conduzida.
10.1.6 – Quando o atleta sacar de dentro dos limites da quadra, incluindo-se neles as linhas demarcatórias.
10.1.7 – Quando o atleta sacar de fora da área delimitada pelo prolongamento das linhas demarcatórias laterais, ainda que com parte de seu corpo.
10.1.8 – Quando a peteca tocar no atleta da mesma equipe antes de passar para o campo do adversário.

10.1.9 – Quando a peteca, em seu trajeto aéreo, tocar em qualquer objeto fixo antes de poder ser defendida pelo adversário, como, por exemplo, teto de quadras cobertas, etc.

Regra 11.0 - Dos toques, conseqüências e interpretações diversas

11.1 – No decorrer do jogo, em qualquer circunstância, a peteca só pode ser batida com uma das mãos, uma única vez e por um único atleta.
11.2 – A peteca que, durante o jogo, toca na fita superior da rede ultrapassando-a, inclusive no saque, é considerada em jogo.
11.3 – Se numa jogada, inclusive no saque, a peteca tocar a fita superior, ultrapassar a rede e nela ficar dependurada, sem cair no chão, o saque volta para a equipe detentora da vantagem e o árbitro principal considera os segundos até então decorridos.
11.3.1 – Se numa jogada, inclusive no saque, a peteca tocar a rede na sua parte superior e, sem cair no chão, nela ficar dependurada do lado da equipe que fez o toque, o saque é revertido para a outra equipe, com a contagem de ponto, se for o caso.

Regra 12.0 - Das faltas

12.1 – São as seguintes as faltas registradas que contam ponto ou reversão do saque a favor da equipe adversária:
12.1.1 – A invasão superior, que consiste na passagem de uma ou das duas mãos por cima da rede.
12.1.2 – O toque na peteca por um atleta com as duas mãos ou pelos dois atletas, ao mesmo tempo, com qualquer uma de suas as mãos.
12.1.3 – A carregada ou a condução da peteca.
12.1.4 – A ultrapassagem da linha central da quadra e de sua projeção vertical por qualquer parte do corpo, inclusive os pés.
12.1.5 – O toque na rede, por qualquer um dos atletas, em qualquer circunstância.
 




Até o início da década de 70, a academia era freqüentada quase que exclusivamente por homens e a atividade oferecida era quase sempre a musculação. Esse nome surgiu até para quebrar o preconceito que existia contra o halterofilismo e para atrair as mulheres para essa atividade. Em 1971, a professora Jack Sorensen deu novo sentido ao conceito da ginástica, ao criar a aeróbica, composta de exercícios simples, realizados de forma contínua, ao som de músicas. Nos anos 80, a atriz Jane Fonda lançou o seu primeiro vídeo da série “Workout”. Além de ser um marco histórico, esse trabalho revolucionou o conceito de ginástica de academia, contribuindo para a sua popularização.
Concomitantemente, crescia a febre das corridas ao ar livre, incentivadas por Cooper. Tempos depois, com o desenvolvimento de esteiras elétricas com inúmeros recursos, essa atividade foi inserida dentro das academias. Aqui no Brasil, Lígia Azevedo, no Rio de Janeiro, implantou sua academia, acrescentando os saltitos ao método de Jane Fonda. Não demorou muito e as contusões ligamentares e os microtraumatismos, causados pelo excesso de saltitos e giros, começaram a aparecer. Para amenizar esse problema, surgiu a aeróbica de baixo impacto. Em seguinda, veio a lambaeróbica, o aerodum e o street-dance. No início dos anos 90, surgiu o steep training.
De tempos em tempos, as academias de ginástica reformulam as aulas já existentes, ou criam novas modalidades. Essa é uma forma de evitar que a clientela se canse, perca a motivação e vá embora. A revista VEJA, de 8 de outubro de 2003, apresentou uma reportagem intitulada “O fast food da malhação”, ressaltando que o que prevalece atualmente nas academias de todo o mundo são os mesmos programas de ginástica feitos por empresários milionários. Um exemplo é o neozelandês Phillip Mills, que a cada três meses troca as músicas e a coreografia de seus programas de ginástica. Ele é dono da empresa responsável pela série cujo nome começa com body (corpo, em inglês) – bodypump, bodystep, bodycompat e assim por diante. Esse método é utilizado em 8.000 academias em cinqüenta países, sendo o Brasil um de seus melhores fregueses. Estima-se que 400.000 brasileiros pratiquem algum tipo de body em 1.700 academias credenciadas.
Já o número 1 em faturamento é o sul-africano Johnny G., de 47 anos, o criador do “spinning”, com estimados 100 milhões de dólares anuais. Seu método consiste em pedalar bicicleta especial, que simula subidas, descidas e curvas. As novidades não param por aí. Um dos métodos mais populares nos Estados Unidos é o Tae-Bo, criado pelo americano Billy Blanks, campeão mundial de cartas. Ele misturou os movimentos de perna do tae-kwon-do com os de braço de boxe.
As técnicas circenses, como a acrobacia, o malabarismo e o trapézio, também já são oferecidas pelas academias. São atividades que exigem força e bom condicionamento físico.
Essas são apenas algumas atividades que podem ser encontradas em academias, mas às quais a maioria de nossos alunos não terão acesso, não só pelos altos preços cobrados, mas também por serem encontradas próximo aos grandes centros. Mesmo assim, sofrem influência dessa cultura que valoriza a estética da magreza, da juventude e da saúde. Dependendo do meio onde vivem e do nível social, muitos jovens, mais cedo ou mais tarde, serão pressionados a buscar um local ou a realizar sozinhos algum tipo de exercício físico.
Podemos discutir com eles outras alternativas de local ou atividade física. Não podemos esquecer que a academia não é o único lugar de se fazer ginástica e que ela vai além da musculação ou do exercício localizado. O aluno pode aprender sobre os benefícios dos exercícios de pedalar, de andar a pé, de pular corda, de subir escadas, de jogar bola ou de correr. Em todas essas atividades, ele estará se exercitando e, o melhor, sem gastar nenhum dinheiro. O quadro abaixo faz uma comparação entre atividades possíveis de ser realizadas ao ar livre e aquelas próprias da academia.
É possível estudar sobre algumas modalidades oferecidas pelas academias, realizando algumas adaptações, tal como fez uma professora de 1º e 2º ano do Ensino Médio. Como a escola não tinha step, ela recortou emborrachados (material maleável e leve, parecido com borracha e vendido em lâminas finas) no tamanho de um step. Quando os alunos chegaram à quadra, todos aqueles “tapetinhos” estavam organizados pelo chão (os alunos logo quiseram saber se iam brincar de “coelhinho sai da toca!”). Após as inúmeras perguntas e explicações de por que não haveria futsal ou vôlei, a professora perguntou quem já havia ouvido falar de step ou quem já o havia praticado. Explicou também como a altura do step ou a velocidade da música interferiam no consumo calórico; quais músculos eram exercitados; como se fazia a abordagem do material tal como subir, descer, ir para a lateral, fazer voltas, e outros desafios. Ela, então, demonstrou uma seqüência bem pequena de alguns movimentos com uma música apropriada. Depois, em grupos de 4, os alunos criaram uma seqüência de movimentos. Eles testavam, repetiam várias vezes a mesma evolução, estabeleciam códigos na hora de mudar de direção, enfim, vivenciaram uma riqueza de combinações de movimentos, ritmo, coordenação e trabalho em equipe. Na aula seguinte, tiveram um tempo para relembrar e discutir o já feito. Cada grupo apresentou sua evolução e suas considerações sobre o tema.
A professora procurou, com muita criatividade (sem a necessidade de comprar um step para cada aluno), proporcionar aos alunos a vivência e discussão de uma determinada atividade física específica de academia. Com certeza, de outra forma poucos alunos teriam acesso a esse tipo de vivência e de conhecimento.
A própria evolução da ginástica aeróbica de alto impacto nos anos 80, com a atriz Jane Fonda, até mesmo as suas variações mais recentes de baixo impacto são formas interessantes de conhecer e compreender o exercício aeróbico: o que é alto e baixo impacto, os benefícios de uma atividade aeróbica, etc.

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Jogos Populares

Quem morou numa cidade do interior, ou numa época mais tranqüila viveu em Uberlândia e cidades vizinhas, certamente "brincou na rua". "Brincar na rua" era referência para uma infinidade de atividades realizadas ao ar livre, nas ruas e praças, que serviam de espaço lúdico para as crianças (e as vezes para os adultos).
Eu, por exemplo, andei de bicicleta, joguei futebol, joguei vôlei, joguei taco, joguei queimada, brinquei de esconde-esconde, pega-pega, rodei pião, empinei pipa, joguei "bafo" e mais uma infinidade de atividades. As crianças menores, divertiam-se com brincadeiras de roda, pular corda, passa-anel, e outras atividades. Tudo na rua onde morava, na cidade de Guarulhos...
Hoje em dia, por limitações óbvias, dificilmente encontraremos na na cidade grande crianças jogando qualquer coisa na via pública. A violência, o trânsito, a falta de camaradagem entre vizinhos impede a utilização do espaço público para a diversão. Hoje, as ruas são dos carros, postes, ladrões, camelôs e prostitutas.

Alunos, após lerem o texto postem comentário sobre o mesmo e citem brincadeira de rua que vocês conhecem e se e como vocês brincavam...