segunda-feira, 6 de abril de 2015

Peteca: História, características, fundamentos e regras.

Não se sabe exatamente quando a peteca surgiu, mas sabe-se que desde antes do descobrimento do
Brasil ela já era pratica pelos índios brasileiros; sendo inventada no Brasil. Naquela época ela era utilizada pelos índios como atividade esportiva para ganho de aquecimento corporal durante o inverno, e também como um instrumento de recreação. Junto com rituais e festas dos índios, o jogo de peteca era praticado, tendo como centro as tribos localizadas no Estado de Minas Gerais. E, dessa forma, foi se perpetuando a mania de se jogar peteca, virando o que é hoje.

Como foram os índios que a inventaram, o nome é Tupi sendo pe'teca – bater com a mão. Ou em outra definição significa bater e se divertir. A peteca saiu da rua, grama e areia a partir da década de 40, em Minas Gerais na cidade de Belo Horizonte, mas de uma maneira muito tímida. Com o tempo mais pessoas começaram se interessar pelo jogo e na década de 70 suas regras foram devidamente regulamentadas. Finalmente, em 27 de agosto de 1985, o Conselho Nacional de Desporto (CDN) reconheceu o jogo de peteca como esporte, por solicitação da FEMPE - Federação Mineira de Peteca.

Em 1991: Realização do 1º campeonato brasileiro de interclubes de seleções estaduais. Em 1993: 1ª Copa Itaú de Peteca de Uberlândia, organizada pelo Praia Clube. Esta Copa acontece sem interrupção até a presente data. Em 1996: A Peteca passa a fazer parte do programa dos Jogos Universitários Brasileiros – JUBs realizado em Florianópolis – SC. Em 2000, acontece a criação da Confederação Brasileira de Peteca-CBP, sendo fundador o Sr. Lazaro Soares, que assumiu a presidência e em 2003, a realização da X Copa Itaú de Peteca em Uberlândia.

Situação Atual: No plano internacional houve um avanço da modalidade peteca pela possibilidade de ser praticada por qualquer pessoa, em qualquer idade e em qualquer lugar. Por isso, no final da década de 1990, foi criada a International Indiaca Association – IIA, com sede na Alemanha. Nesta entidade há dois brasileiros (Antônio Abreu, como vice-presidente, e Paulo Oliveira, como membro da Comissão Técnica) que se juntam a membros dos países em que o esporte se desenvolveu: Japão (um milhão de praticantes), Alemanha (20 mil praticantes), Estonia, Eslováquia e Suíça. Já houve Copas do Mundo de Peteca, realizadas na Eslováquia em 2000, em Berlim, em 2002, e no Japão, em 2004. No Brasil, as Federações Estaduais e a Confederação Brasileira de Peteca vêm organizando competições para as distintas faixas etárias, tanto masculinas como femininas em um mesmo evento. Este procedimento difere de praticamente todas as outras modalidades, quando os eventos acontecem em períodos distintos e nem sempre organizados pelas federações e confederações.

FUNDAMENTOS BÁSICOS

Para que seja possível começar o jogo, é importante observar que a peteca deve ser tocada e passada para o outro lado da quadra em um único toque e devolvida pelo adversário da mesma forma, até que uma das duplas cometa um erro. Existem 02 (dois) momentos distintos durante o jogo: ataque e defesa. Para que aconteça o ataque, a equipe precisa estar de posse do saque e consequentemente, a outra que não está com a posse, passará a fazer a defesa, tal momento conta com um tempo máximo de 24 (vinte e quatro) segundos de jogo, se o erro for da defesa, a equipe atacante marcará ponto ou, em caso contrário, a defesa só ganhará a posse do saque (tomada).

Durante as ações de ataque e defesa são executados movimentos e toques na peteca, que são: saque (por baixo e por cima), toque por baixo, toque por cima, toque em suspensão, defesa, pingada e/ou largada, batida e/ou cortada, deslocamentos (lateral, longitudinal e combinados).

O saque é o primeiro gesto utilizado para deslocar a peteca em um jogo no início de cada set e de extrema importância, pois de sua posse vem a possibilidade de marcação do ponto. A peteca poderá ser sacada por qualquer um dos jogadores em quadra pelo fundo da mesma, sem avançar ou invadir as linhas de elimitação, sem necessidade de rodízio, deverá ultrapassar a rede pela borda superior, podendo tocá-la.

O toque é feito com apenas uma das mãos e deve ser batida ou tocada, não valendo, portanto, a chamada “carregada e/ou conduzida”. Não é permitido o contato com as duas mãos juntas e/ou sua intenção de fazê-lo. Existem dois tipos de toque: Toque por cima (batida, pingada, ou passada); Toque por baixo (colocada, defesa, passada). Em ambas as situações, a peteca deverá passar a rede, em um único toque, para a quadra adversária. O posicionamento das pernas dependerá de cada atleta (destro ou canhoto) com referência ao braço que baterá na peteca, sempre com uma na frente da outra, observando apoio e deslocamento do corpo. Quando do toque por baixo, o movimento do atleta assemelha-se ao ato de pegar alguma coisa no chão, inclinando o corpo para frente. Quando do toque por cima, o movimento é executado com os braços acima da linha dos ombros e assemelha-se à cortada no voleibol, com a possibilidade de saltos (suspensão) ou não.

O deslocamento é um dos mais importantes fundamentos no jogo de peteca. Neste aspecto devemos observar o posicionamento e entendimento dentro de sua área de atuação na quadra, levando-se em conta as características de habilidade e destreza do jogador e a capacidade de decisão nas jogadas de ataque e defesa. Ao serem ensinados os movimentos básicos de deslocamento, o técnico deverá ficar atento aos exercícios com mudança do pé de apoio e/ou base, durante as ações, promovendo aprimoramento motor para possibilidades de utilização de gestos ambidestros, aspecto que qualifica o praticante, pois aumenta seu domínio de movimentação em relação ao braço que irá definir tais situações no decorrer das partidas. Exemplo: Para o atleta destro, exercícios com dinâmica para canhotos e vice-versa. Combinações em movimento de arremessos, saques e recepção com apenas uma das mãos, utilizando-se bolas de tênis (lado esquerdo e em seguida, direito). Observa-se que a peteca tem um peso que varia de 40 g a 50g, diâmetro de base de 5 cm, tem uma trajetória muito dinâmica e rápida, exigindo do seu praticante uma percepção aguçada da movimentação do implemento, logo na utilização das bolas de tênis para aproximar a batida e noção de contato com a palma da mão para semelhança com movimentos de jogo.

A seguir uma breve e rápida noção das regras básicas:

Regras Oficiais

Regra 1.0 - Da quadra, suas dimensões e equipamentos
1.1 – A quadra tem a dimensão de 15 metros por 7,50 metros para o jogo de duplas e de 15 metros por 5 metros para o jogo individual.
1.2 – O piso da quadra, quando for de cimento, deve ter sua superfície uniforme e, de preferência, ligeiramente áspera, a fim de facilitar a movimentação segura dos atletas.
1.3 – A quadra deve ser delimitada por linhas com 5 cm de largura.
1.3.1 – As linhas demarcatórias fazem parte integrante da quadra.
1.4 – Linha central é aquela que divide a quadra ao meio e deve ter 5 cm de largura.
1.5 – A área de jogo da quadra deve ter, preferencialmente, a cor verde, e as linhas demarcatórias, a cor branca, podendo ser aceitas outras cores, desde que não prejudiquem a realização do jogo.
1.6 – Em toda e qualquer competição oficial, devem ser colocadas fitas sinalizadoras de limite da quadra nas linhas de fundo e também nas linhas laterais.
1.6.1 – Quando estiverem instaladas, as fitas sinalizadoras assumem os limites da quadra.

Regra 2.0 - Da rede, suas dimensões, acessórios, cores, posição e postes

2.1 – A rede tem a dimensão de 7,80 metros de comprimento por 60 cm de largura e os quadrados da malha devem medir aproximadamente 4 cm por 4 cm, devendo ser tecida com nylon ou material similar, com debrum de 5 cm de largura como acabamento na parte superior.
2.2 – A rede deve ter, preferencialmente, a cor amarela, podendo ser aceitas outras cores, desde que não prejudiquem a realização do jogo.
2.3 – A rede deve ser instalada numa altura uniforme de 2,43 metros para jogos da categoria Masculino e 2,24 metros para o Feminino.
2.3.1 – Para jogos da faixa etária masculina até 12 anos, a rede deve ser instalada na altura uniforme de 2,24 metros.
2.4 – É permitida uma variação máxima de dois centímetros na altura da rede, entre seu ponto central e os pontos laterais, que coincidem com a projeção vertical nas linhas laterais.
2.5 – Os postes destinados à sustentação da rede devem estar fixados a, no mínimo, 50 cm de distância das linhas laterais.
2.6 – Por medida de segurança, é obrigatória a instalação de proteção nos postes laterais de sustentação da rede durante a realização de partidas de competições oficiais.

Regra 3.0 - Da peteca, suas dimensões, peso e material                                      

3.1 – O diâmetro da base da peteca deve ter entre 5 cm a 5,2 cm e sua altura total deve ser de 20 cm, incluindo as penas.
3.2 – O peso da peteca deve ser de 40 a 42 gramas, aproximadamente.
3.3 – As penas devem ser brancas, em número de quatro, montadas paralelamente duas a duas, de modo que o quadrado formado caiba num círculo ideal com diâmetro de aproximadamente 5 cm.
3.4 – As penas podem ter outra coloração nas situações em que a cor branca prejudicar a visibilidade dos jogadores ou de meios de gravação em vídeo.
3.5 – A base deve ser construída com discos de borracha, montados em camadas sobrepostas.

Regra 6.0 - Da vantagem na tomada do saque

6.1 – Fica instituída a vantagem na tomada do saque em cada set, sendo que a equipe que sacou tem o tempo oficializado em vinte quatro segundos para a conquista do ponto em disputa.
6.2 – Nos dois primeiros sets, durante o tempo oficial da vantagem, a equipe que sacou não perde ponto pelo erro, somente transferindo o saque para a equipe adversária, que passa a ter a vantagem.
6.3 – No terceiro set, quando houver, durante o tempo oficial da vantagem, a equipe que sacou perde ponto pelo erro ou pelo término desse tempo, e transfere o saque para a equipe adversária, que passa a ter a vantagem.
6.3.1 – A equipe vencedora do ponto continua sacando até que essa situação mude ou que o jogo termine.
6.3.2 – A contagem do tempo oficial da vantagem será sempre reiniciada depois de cada ponto conquistado ou do término desse tempo, situação em que o direito do saque passa para a equipe adversária.

Regra 7.0 - Do jogo, dos sets, pontuação, tempo, desempate e troca de lado

7.1 – O atleta deve conhecer as regras do desporto da peteca e cumpri-las com rigor.
7.2 – A partida é definida em melhor de três sets, consagrando-se vencedora a equipe que ganhar dois sets.
7.3 – Os dois primeiros sets se resolvem no tempo oficializado em dezesseis minutos cronometrados de peteca em jogo, ou em doze pontos, prevalecendo a condição que primeiro ocorrer, sendo necessário apenas um ponto de diferença para a definição de qualquer um dos dois primeiros sets.
7.4 – É considerada vencedora do set a equipe que:

7.4.1 – Nos dois primeiros sets, completar doze pontos antes do término do tempo oficial do set.
7.4.2 – Nos dois primeiros sets, tiver pelo menos um ponto de vantagem quando terminar o tempo oficial do set.
7.5 – Se, nos dois primeiros sets, o tempo oficial do set se esgotar e uma das equipes estiver em vantagem no placar, o árbitro encerra o set, ainda que não tenha se esgotado o tempo oficial da vantagem, valendo os pontos até então registrados.
7.6 – Se, em qualquer um dos dois primeiros sets, o tempo oficial do set se esgotar e o placar estiver empatado, ainda que não tenha se esgotado o tempo oficial da vantagem de uma das equipes, o set é encerrado pelo árbitro por decurso de seu tempo oficial.
7.6.1 – Para definição do vencedor do set, as equipes permanecem na quadra na mesma posição em que estão jogando, devendo ser iniciada nova disputa do ponto definidor em tempos oficiais da vantagem consecutivos e alternados.
7.6.2 – Para definir quem começa sacando, o árbitro faz imediatamente um sorteio.
7.6.3 – É considerada vencedora do set, nos dois primeiros sets, a equipe que fizer o primeiro ponto, respeitando-se o rodízio a cada tempo oficial da vantagem.
7.6.4 – Se, nessa hipótese, o jogo ficar empatado em sets, um novo sorteio é feito para definir a escolha da vantagem ou da quadra para disputa do terceiro set.
7.7 – O terceiro set ou tie-break, quando houver, será disputado no sistema de ponto corrido, observando o tempo oficial da vantagem sem cômputo do tempo oficial do set, sagrando-se vencedora a equipe que primeiro fizer 12 pontos, sendo necessários dois pontos de diferença para essa definição.
7.7.1 – A equipe detentora da vantagem tem o tempo oficial da vantagem para a concretização do ponto e, caso não o faça, será contado ponto para a equipe adversária, que então passa a ter a vantagem.
7.7.2 – Se o placar chegar a 12x11, o set terminará obrigatoriamente numa das seguintes possibilidades: 13x11, 14x12; 15x13, 16x14, 17x15 ou 17x16.
7.8 – Em caso de força maior ou de necessidade justificada, a critério da CBP ou das entidades regionais de administração do desporto, o número de pontos, o tempo oficial do saque, o tempo oficial do set e o número de sets podem ser modificados antes do início das competições ou no decorrer de suas fases, não implicando, dessa forma, desrespeito ao regulamento.
7.9 – A escolha da quadra deve obedecer à seguinte ordem:
7.9.1 – No primeiro set os capitães tiram a sorte para opção de escolha da quadra ou do saque, sendo que quem escolhe uma alternativa cede a outra.
7.9.2 – No segundo set não deve haver troca de posições e as equipes permanecem na quadra como terminaram o primeiro set, mas o saque passa à equipe que não iniciou sacando.

7.9.3 – No terceiro set, quando houver, o árbitro principal procede a novo sorteio para escolha da quadra ou do saque.
7.10 – Nos dois primeiros sets, as equipes trocam automaticamente de lado na quadra assim que uma delas atingir a contagem de seis pontos ou na metade do tempo oficial do set.
7.10.1 – No terceiro set, quando houver, as equipes trocam de lado na quadra assim que uma delas atingir seis pontos.
7.10.2 – Se, na disputa de um set, o tempo oficial do set chegar à metade e a peteca estiver em jogo, o árbitro aguarda a definição do lance ou o término do tempo oficial da vantagem para determinar a mudança de lado da quadra, e o set se resolve no tempo que faltar para completar o tempo oficial do set, quando for o caso.
7.10.3 – Na troca de lado da quadra pelas equipes é obrigatório um tempo técnico de um minuto.
7.11 – Os pontos são assinalados pelo árbitro principal ou seu auxiliar.
7.12 – O ponto em disputa somente se define por decurso do tempo oficial da vantagem ou quando a peteca tiver caído no chão, independendo se ela vier a cair fora dos limites da quadra ou na própria quadra de quem a tocou.
7.12.1 – Comete falta o atleta que, nessa circunstância, tocá-la antes dessa definição.
7.12.2 – Se a peteca tocada passar por baixo da rede e, de forma inequívoca, não restar dúvida sobre a definição do ponto, o árbitro deve encerrar a disputa do ponto assim que ela cruzar o plano ideal projetado pela rede.
7.13 – O árbitro principal anunciará o placar após a definição de cada ponto, preservando-se, dessa maneira, a ordem e a segurança na contagem dos pontos, ficando proibidas quaisquer anotações de pontos na súmula sem seu pleno conhecimento.
7.13.1 – A responsabilidade pelo anúncio de cada ponto do placar pode ser transferida pelo árbitro principal a seu auxiliar, ficando dispensada quando houver placar para o público.
7.14 – Cada equipe pode pedir, em cada set, no máximo dois tempos de um minuto cada um.
7.15 – No pedido de tempo por uma equipe, o árbitro principal concede uma interrupção na partida, com a duração máxima de um minuto, desde que a peteca esteja fora de jogo.
7.16 – Durante a partida, se a equipe for composta por um trio, é permitido o rodízio ilimitado entre os seus três atletas, desde que a peteca esteja fora de jogo.
7.16.1 – O rodízio dos atletas independe de autorização do árbitro.
7.17 – Durante a partida, quando for o caso, o terceiro atleta e o treinador devem permanecer sentados no banco de reserva, ou de pé na área previamente determinada pelo árbitro principal, e não podem dar instruções aos atletas de sua equipe, salvo quando houver pedido de tempo.
7.18 – É de três minutos o tempo de intervalo entre os sets de uma partida.

7.19 – As equipes têm direito a, no máximo, cinco minutos para aquecimento na quadra antes do início da partida.

Regra 9.0 - Do saque, infrações, repetição, pontos para o adversário, disposições gerais

9.1 – O saque é a colocação da peteca em jogo, imediatamente após a autorização do árbitro para início da partida ou da disputa de um ponto.
9.1.1 – No saque, a peteca deve ser batida com uma das mãos e arremessada por cima da rede para o campo do adversário.
9.2 – Para o saque, o atleta deve se colocar fora da quadra, atrás da linha de fundo e dentro da projeção das linhas laterais, podendo escolher a posição que lhe convier dentro desses limites.
9.3 – Se, no ato de sacar, a peteca cair da mão do atleta sem ter sido tocada, o saque deve ser repetido.
9.4 – O saque pode ser dado, indiferentemente, por qualquer um dos atletas participantes do jogo.
9.5 – O saque pertence sempre à equipe que:
9.5.1 – Vencer o ponto em disputa.
9.5.2 – Recuperar a vantagem quando a equipe detentora do saque não concretizar o ponto em disputa no tempo oficial da vantagem.
9.5.3 – Tiver a reversão da vantagem determinada pelo árbitro em razão de falta ou infração disciplinar da equipe adversária.

Regra 10.0 - Das infrações do saque

10.1 – O saque é revertido à equipe adversária:
10.1.1 – Quando a peteca não chegar ao campo do adversário.
10.1.2 – Quando a peteca passar por baixo da rede.
10.1.3 – Quando a peteca passar por cima da rede, mas fora da projeção vertical das linhas demarcatórias laterais.
10.1.4 – Quando a peteca cair fora dos limites da quadra.
10.1.5 – Quando a peteca for carregada ou conduzida.
10.1.6 – Quando o atleta sacar de dentro dos limites da quadra, incluindo-se neles as linhas demarcatórias.
10.1.7 – Quando o atleta sacar de fora da área delimitada pelo prolongamento das linhas demarcatórias laterais, ainda que com parte de seu corpo.
10.1.8 – Quando a peteca tocar no atleta da mesma equipe antes de passar para o campo do adversário.

10.1.9 – Quando a peteca, em seu trajeto aéreo, tocar em qualquer objeto fixo antes de poder ser defendida pelo adversário, como, por exemplo, teto de quadras cobertas, etc.

Regra 11.0 - Dos toques, conseqüências e interpretações diversas

11.1 – No decorrer do jogo, em qualquer circunstância, a peteca só pode ser batida com uma das mãos, uma única vez e por um único atleta.
11.2 – A peteca que, durante o jogo, toca na fita superior da rede ultrapassando-a, inclusive no saque, é considerada em jogo.
11.3 – Se numa jogada, inclusive no saque, a peteca tocar a fita superior, ultrapassar a rede e nela ficar dependurada, sem cair no chão, o saque volta para a equipe detentora da vantagem e o árbitro principal considera os segundos até então decorridos.
11.3.1 – Se numa jogada, inclusive no saque, a peteca tocar a rede na sua parte superior e, sem cair no chão, nela ficar dependurada do lado da equipe que fez o toque, o saque é revertido para a outra equipe, com a contagem de ponto, se for o caso.

Regra 12.0 - Das faltas

12.1 – São as seguintes as faltas registradas que contam ponto ou reversão do saque a favor da equipe adversária:
12.1.1 – A invasão superior, que consiste na passagem de uma ou das duas mãos por cima da rede.
12.1.2 – O toque na peteca por um atleta com as duas mãos ou pelos dois atletas, ao mesmo tempo, com qualquer uma de suas as mãos.
12.1.3 – A carregada ou a condução da peteca.
12.1.4 – A ultrapassagem da linha central da quadra e de sua projeção vertical por qualquer parte do corpo, inclusive os pés.
12.1.5 – O toque na rede, por qualquer um dos atletas, em qualquer circunstância.


Curiosidades importantes:

Nascimento da peteca no Brasil: Índios, como atividade esportiva para ganho de aquecimento corporal durante o inverno e também como instrumento de recreação;

Movimentos ou toque na peteca: "Saque, toques, defesa, pingada, cortada e deslocamento";

Primeira estratégia de ataque: o próprio saque.

Deslocamento em quadra: É um dos mais importantes fundamentos no jogo de peteca. Neste aspecto devemos observar o posicionamento e entendimento dentro de sua área de atuação na quadra, levando-se em conta as características de habilidade e destreza do jogador e a capacidade de decisão nas jogadas de ataque e defesa;

 Pontuação e tempo de jogo da peteca: Vitória a equipe que conquistar Ganhar dois de três sets de 12 pontos de 16 minutos.

Jogos e Brincadeiras


Quem morou numa cidade do interior, ou numa época mais tranqüila viveu em Uberlândia e cidades vizinhas, certamente "brincou na rua". "Brincar na rua" era referência para uma infinidade de atividades realizadas ao ar livre, nas ruas e praças, que serviam de espaço lúdico para as crianças (e as vezes para os adultos).
Eu, por exemplo, andei de bicicleta, joguei futebol, joguei vôlei, joguei taco, joguei queimada, brinquei de esconde-esconde, pega-pega, rodei pião, empinei pipa, joguei "bafo" e mais uma infinidade de atividades. As crianças menores, divertiam-se com brincadeiras de roda, pular corda, passa-anel, e outras atividades. Tudo na rua onde morava, na cidade de Guarulhos...
Hoje em dia, por limitações óbvias, dificilmente encontraremos na na cidade grande crianças jogando qualquer coisa na via pública. A violência, o trânsito, a falta de camaradagem entre vizinhos impede a utilização do espaço público para a diversão. Hoje, as ruas são dos carros, postes, ladrões, camelôs e prostitutas.

Alunos, após lerem o texto postem comentário sobre o mesmo e citem brincadeira de rua que vocês conhecem e se e como vocês brincavam...

Treinamento Técnico e Tático no futsal

Para aumentar as chances de um bom desempenho no futsal, o aluno/atleta precisa seguir algumas dicas, que se bem seguidas, poderão auxiliar no desempenho, nas habilidades técnicas e na organização tática. Fazendo a fusão destes elementos, as chances de um rendimento satisfatório aumentam consideravelmente.

1ª Dica: Alongamento e Aquecimento

Toda a prática esportiva deve começar antes com um alongamento seguida de um aquecimento. Sempre que for fazer um treinamento de futsal é necessário antes fazer ao menos 10 minutos de alongamento e 10 minutos de aquecimento, isso evita lesões durante o jogo. Apesar do pouco tempo de aulas nas aulas de Educação Física nas escolas esta primeira dica não pode passar despercebida tendo em vista a importância para os alunos jogadores.


2º Dica : Posicionamento em quadra (Organização Tática)

A primeira estratégia que você deve treinar no futsal é o seu posicionamento e o posicionamento dos demais jogadores. No futsal o jogo é rápido. O posicionamento dos jogadores e sua movimentação devem ser precisa e organizada o que é fundamental para um bom rendimento durante o jogo.
Jogadores que não se movimentam ou que não tem um “entrosamento”, terão um rendimento baixo durante a partida.

3º Dica: Passes e lançamentos

Esta é dica muito importante no treinamento de futsal. O jogador deve após começar as suas movimentações em quadra, saber dar bons passes e bons lançamentos. Não é tão difícil acertar passes nos futsal, entretanto este fundamento necessita de treinamento.
Além de treinar bastante para acertar os passes e lançamentos, os jogadores devem fazer um jogo entrosado, um ajudando o outro sempre. Por isso ao entrar nos treinamentos, utilize o passe como uma ponte para o sucesso no futsal.



4ª Dica: Fortalecimento dos músculos e uso do corpo

Saber usar o corpo e ir firme na bola é a quarta dica para um bom treinamento de futsal. Quem deseja ser um bom jogador de futsal, fazer uma musculação específica para jogadores de futsal é ótimo para ganhar massa corporal e fortalecer principalmente os músculos dos membros inferiores. Esta é uma ótima dica para “ganhar a bola” em um disputa corpo-a-corpo além de fortalecer a musculatura para um chute mais potente.
Jogadores ectomorfos também devem entrar firme nas disputas. Existem chances destes de ganhar a bola do adversário se tiver uma vantagem técnica sobre o oponente.

5ª Dica: Chutes



Ter qualidade nos chutes é fundamental. Fazer treinamento de chutes é essencial para melhorar a qualidade do jogador. O treinamento de chutes deve ser feito tanto de bolas paradas como também de bolas em movimento no solo ou bolas aéreas. O posicionamento e movimento dos braços e do corpo devem ser observados para uma qualidade satisfatória do chute.

Chutes rápidos e certeiros são um convite certo para o gol.




Ao longo destas 5 dicas, o aluno irá aprender os princípios de qualidade técnica e tática no futsal. Se executar todos os passos com precisão, possivelmente será um jogador de destaque na escola, dia-a-dia ou na vida profissional.
Dribles por Falcão.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Anásise Cinesiológica de um chute no futsal


O Futsal é um esporte coletivo de jogo em uma quadra por times de apenas 5 jogadores. As equipes, tal como no futebol, têm como objetivo colocar a bola na meta adversária, definida por dois postes verticais limitados pela altura por uma trave horizontal. Quando tal objetivo é alcançado, diz-se que um gol foi marcado, e um ponto é adicionado à equipe que o atingiu. O goleiro, último jogador responsável por evitar o gol, é o único autorizado a segurar a bola com as mãos. A partida é ganha pela equipe que marcar o maior número de gols em 40 minutos divididos em dois tempos.
Atualmente o Futsal é um dos esportes mais populares e mais jogados pela população brasileira necessitando assim um estudo científico aprofundado de todas as vertentes envolvidas neste esporte a fim da melhora no desenvolvimento e consequentemente no resultado positivo da partida.
Um dos estudos a fim de melhorar a performance no futsal é a análise cinesiológica do chute, com o objetivo de melhorar este fundamento para que possa ser executado da forma mais satisfatória possível.
A cinesiologia é a ciência que estuda e compreende as forças que atuam sobre um objeto ou sobre o corpo humano e manipular estas forças em procedimentos de tratamento tais que o desempenho humano possa ser melhorado e que uma lesão adicional possa ser prevenida.


Ao analisar o chute no futsal podemos observar a atuação de diferentes partes fisiológicas do corpo como músculos, articulações, ossos e ligamentos. Fazendo uma observação simples e sem qualquer análise científica, imagina-se que se trata de uma ação simples, entretanto esta ação é objeto de estudo de vários pesquisadores e cientistas do esporte, para que este fundamento possa executado com um desempenho melhor melhorando assim sua atuação no esporte.

    Fazendo uma análise cinesiológica no momento da execução de um chute futsal, sendo o plano observado o sagital e o eixo frontal, ocorre na articulação do joelho uma extensão brusca e rápida do joelho realizada pelo músculo quadríceps composto pelos músculos reto femoral, vasto medial, vasto lateral e vasto intermédio, seguido de uma flexão de quadril (realizado pelos músculos reto femoral, iliopsoas e tensor da fáscia lata) seguindo de contração dos músculos abdominais.

O membro apoiado está com o quadril (músculo glúteo máximo e isquiotibiais) e o joelho (músculo quadríceps) em extensão. A articulação do joelho é a de maior contribuição na velocidade final do chute, quando esta realiza a extensão plena.
Na articulação do quadril do membro anterior é realizada uma semiflexão do quadril pelos músculos reto femoral, tensor da fáscia lata, pectíneo e sartório, adutor curto, adutor longo e porção adutora do músculo adutor magno.
O joelho do membro anterior está encaminhando para extensão. O músculo agonista deste movimento é o quadríceps femoral.
No membro posicionado posteriormente o joelho está em semiflexão, os músculos trabalhados são os isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo, e bíceps femoral), grácil e poplíteo.
Os antagonistas responsáveis por sustentar o movimento estudado são os isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral) e glúteo máximo.
Na articulação do tornozelo, o tornozelo do membro anterior realiza a fase de apoio do ciclo da marcha. Está em posição neutra (toque de calcanhar), tendendo a dorsiflexão (aplanamento do pé), movimentos realizado pelos músculos gastrocnêmios, sóleo, fibular longo, fibular curto, plantar, tibial posterior, flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos).
Na fase de execução, o centro de gravidade do jogador é alterado para a manutenção do equilíbrio.
A abordagem cinesiológica do quadril no membro dominante nesta fase foi descrita como flexão do quadril (retorno da extensão), adução (movimento realizado pelos músculos adutor magno, adutor curto, adutor longo e pectíneo) e rotação interna (realizada pelos músculos glúteo médio, glúteo mínimo, tensor da fáscia lata). O membro apoiado está em semiflexão, em cadeia cinética fechada.
O joelho do membro dominante sofre uma extensão, ainda que incompleta. O membro apoiado continua em semiflexão.
A articulação do tornozelo no membro dominante se mantém em flexão plantar até que o pé toque a bola. O membro de apoio mantém a sua posição neutra.
Por inércia, um corpo em movimento tende a permanecer em movimento, até que uma outra força o faça voltar ao seu estado de repouso. O sistema neuromuscular consegue tirar vantagem de movimentos passivos.
Observando o movimento da análise, ligamentos, tendões, músculos, cápsula articular e ossos tem a função de limitar a execução do movimento protegendo a articulação de não realizar um movimento fora de suas características. Sendo assim, quando se executa o chute no futsal o corpo realiza uma flexão de quadril, essa flexão acontece na própria articulação do quadril, os responsáveis por limitar o movimento do quadril para que o mesmo não execute um movimento além de suas características são: cápsula articular posterior, ligamento isquiofemoral, ligamento da cabeça do fêmur. Para que esse mesmo joelho não realize movimento fora de suas características, os limitadores irão trabalhar para proteger essa articulação. O limitador da articulação do joelho é o ligamento cruzado anterior. O tornozelo é limitado pela cápsula articular, ligamento tibiofibular anterior e posterior. (SCHMIDT, 2013)
    Abordando a parte anatômica das articulações mencionadas no movimento estudado, descreve-se as mesmas da seguinte forma. Quadril sinovial, tipo esferoidal e triaxial, joelho sinovial, uniaxial, tipo dobradiça e tornozelo, sinovial, uniaxial e dobradiça. (SCHMIDT, 2013).